São cada vez mais e se tivermos a pestana
aberta aperceber-nos que estão por todo o lado. Em todas as freguesias, locais
de trabalho, grupos de amigos, no seio familiar...devem pertencer a uma espécie
de legião secreta onde recebem treino e formação na arte do Apunhalamento de
Costas.
Escolhem cuidadosamente as suas vítimas,
aproximam-se delas com uma facilidade tremenda, usando o elogio, à troca de
nada, como isco, nunca perdem aquele ar de menino de coro que cantas todos os
domingos, casamentos e baptizados na igreja da paróquia. Seguem as vítimas para
todo o lado alegando que o fazem por protecção, porque os outros é que são uns
malvados e não eles. Gostam de estar a par de tudo, de cada passo da sua
vitima, onde foi, com quem foi, com quem falou...TUDO! Se, por ventura, a vítima
esqueceu de algum pormenor, levam a mão ao peito e dizem: " Não confias em
mim??"
Emitem uma feromona qualquer que faz com
que a vítima fique meia inebriada, e mesmo quando todos ao seu redor emitem
sinais vermelhos, nunca põe em questão a veracidade daquela alma tão cheia de
sentimentos nobres comprados na secção de fumados do Intermaché.
Se calham de meter a pata na poça e correrem os risco do seu pêlo de lobo malvado reluzir por debaixo da pele de cordeiro, olham para
as suas vítimas com os olhos tipo gato das botas e dizem: " Mas eu fiz
isso para teu bem! Porque me preocupo contigo!", usam a autocrítica como
meio de se safarem da alhada: " Tens razão, eu não presto para nada,
ninguém gosta de mim...", chegam mesmo a lacrimejar!
Por norma, só se descobre a sua verdadeira
identidade, quando já estão a espetar a faca de talhante nas costas. Mas até
nisso são bons. Conseguem apunhalar de uma forma tão violenta mas tão precisa
que não mata, para aleija para toda a vida.
Se conhecem gente desta natureza, enviem a
sua fotografia ou currículo para os matadouros aqui da zona porque estão a fazer falta gente com esta capacidade!
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