Estava aqui a pensar no que raio escrever, porque isto à vezes é difícil
ter ideias super criativas e engraçadas e o facto de estarmos rodeados de
duques e cenas tristes também não ajuda a nada, mas não consigo pensar em mais
nada neste momento porque só tenho um pensamento activo: o facto de me sentir
cansada e infeliz no meu actual emprego. E por muito que tente pensar em cenas
positivas, ver vídeos no youtube de gatinhos fofinhos, bebés super quiduxos a
rirem-se à fartazana, tudo isso só me consegue distrair por uns minutos...e
depois lá volto a pensar no mesmo. Como não tenho guito para fazer terapia, vou
usar este blog como terapia gratuita! Eu fico mais aliviada e os meus bolsos
sossegados!
Mas ia eu falar da minha infelicidade laboral, bem...eu nem sempre me senti
assim, não senhor, durante muitos anos adorei o meu trabalho, sentia-me super
orgulhosa quando conseguia resolver problemas mais depressa do que aqueles que
já andavam nesta vida à resmas, adorava aquele stress saudável, aquela coisa de
ter sempre o que fazer, de ver os dias passarem tão depressa que chegava a
pedir que houvessem mais horas, daquela ânsia de voltar ao trabalho, sentia-me
realizada por ter um emprego que me elevava a auto-estima e devo mesmo dizer
que me sentia importante, não aquele importante de "eu é que sou boa o
resto é paisagem!" mas aquele importante de "uauuu eu sou capaz! Eu
consegui!", estão a ver?
Mas entretanto as coisas mudaram, a crise atacou em força, muitas pessoas
saíram, pouquíssimas entraram, a empresa mudou, minha responsabilidade
aumentou, porque tive começar a fazer trabalho de duas ou três, e a partir daí
comecei a ver a minha felicidade e entusiasmo diminuir. Porquê? Porque não acho
que me estejam a valorizar como mereço, tenho momentos que acho mesmo que
pensam que não faço mais do que a minha obrigação, que devo é agradecer o facto
de ter um emprego, que estou presa aqui portanto tenho que me aguentar, que
tenho que ter solução para tudo, e quase que me sinto na obrigação de ter que
justificar o meu vencimento (esta parte é que me mata)...e a culpa em parte
(grande parte) é minha porque habituei a estar sempre disponível para o que der
e vier, mas neste momento é tanta pressão, mas tanta que tenho dias que olho
para as empregadas da câmara de sachola na mão a cuidar dos jardins e tenho
vontade de chegar à beira de uma e pedir que troque comigo...podem não
acreditar, mas tenho dias em que a carga é tão pesada e tão negativa que me
apetece mesmo mandar tudo para o cara**o... é ridículo isto, não é?
Mas o pior de tudo é ter que fingir para os outros que está tudo bem e que
estou óptima...malditas responsabilidades, se não fosse por elas mandava tudo
às urtigas!!
Ahhhh, já estou um bocadito mais aliviada!
Muito bom o título.
ResponderEliminarForça.
Obrigada!!
EliminarNeste momento como a crise se apoderou de tanto do nosso país, muitos dos patrões acabam por abusar do funcionário pensam que por terem emprego têm mais é que trabalhar por gosto e agradecer por não estarem desempregados e se isso implica cargos exagerados trabalho dobrado e responsabilidade ao máximo paciência ao menos têm emprego, nos somos seres humanos não máquinas imagino que muitas das vezes a tua pressão seja desesperante ,força :)
ResponderEliminarTemos que aguentar e esperar dias melhores!
EliminarOlha eu revejo-me nas tuas palavras... Como não me apetece fazer dos posts terapia quase não escrevo no meu blog... Este ano quando disse à minha chefe que precisava mudar ela quase teve um fanico, não entende, mas depois diz que eu não sou mais a mesma, que estou deprimida... Eu não estou deprimida, estou desmotivada e preciso mudar! E sim, há muitos dias que eu sonho em carregar caixotes, a cansar as costas mas com a cabeça fresca!
ResponderEliminarCabeça fresca, é disse que preciso!!
EliminarAcho que todos nos revemos em grande parte nas tuas palavras. Há dias que também penso que estaria melhor a plantar batatas e depois há outros que tenho a noção que não. Podia estar melhor (muito melhor) a fazer aquilo que faço agora, porque em tempos foi aquilo que eu desejei e sei que continua ser aquilo que eu gosto de fazer … só que não sou “mula de carga”, nem “saco de boxe” e essa particularidade (extra) é que podia (devia) mudar.
ResponderEliminarVamos lá ganhar coragem para dar a volta a coisa! :)
Eliminarainda bem que podemos ajudar!!!!
ResponderEliminarAinda bem! :)
EliminarMuita força! É sempre complicado quando se está em situações complicadas naquele sítio em que temos que ir todos os dias e em que temos uma função a cumprir.
ResponderEliminarObrigada!! :)
EliminarOlá Ana, compreendo-te muito bem... Tenho 31, já fui muito realizada no trabalho, as coisas mudaram com a maldita crise e apesar decgostar do que faço, preferia ter uma vida mais tranquila, cuidar das plantas, da casa e lidar só com pessoas bem dispostas e sem stress... Beijocas. E aredito que um blog possa ser uma terapia, para mim é!
ResponderEliminarObrigada! :)
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