A falar com os meus botões...

Vejo tudo à minha volta, aflito com as compras de natal, com a cabeça a mil porque não sabem o que oferecer e patati patata...eu não estou nada preocupada! Porquê? Porque já avisei atempadamente que este ano não vou poder abrir os cordões à bolsa como de costume! Não porque seja mazinha mas porque, economicamente falando, não posso mesmo cometer excesso, tive uns gastos inesperados que me destruíram os planos! Mas tempos de crise são óptimos para puxar pela criatividade, pela imaginação, por isso há que por a massa encefalia a trabalhar! O que oferecer a cada pessoa que nos é especial sem gastar um tostão? Eu estive para aqui a pensar e depois de abrir as janelas para este fumo todo sair, cheguei a uma ideia que me parece ser brilhante... Um vale! Mas um vale dos bons, todo bonitinho e cintilante, como por exemplo: 

Para as amigas:" Vale a minha companhia para um papo gostoso!"

Para o pai:" Vale a minha admiração e orgulho"

Para a Mãe: " Vale a minha gratidão para todo o sempre"

Para a cara-metade: " Vale cada batida do meu coração!"

Até porque sou daquelas que acredito que os tempos de crises também podem (e devem) ser aproveitados para estreitar os laços familiares, para (re)educar as pessoas a darem valor às pequenas coisas, a colocarem o consumismo de lado e abraçarem uma nova fase das sua vidas onde receber um beijo, um abraço, um carinho ou simplesmente a presença de alguém consegue superar um objecto qualquer! Eu sei que este discurso é muito bonito e todos assinam por baixo, mas na hora da verdade toda a gente gosta de receber qualquer coisinha, nem que seja um hímen para o frigorífico...e isso não quer dizer que não o possam receber, o que quero dizer é que não é preciso meter-se em trabalhos ou em dívidas para fazer alguém feliz por 5 minutos, quando, com a nossa amizade, sentimento e companheirismo, podem fazer alguém feliz a vida toda!

Acabei de ter outra ideia genial, coloquem um laço ao pescoço e "ofereçam-se" a quem quiserem, qual poderá ser a melhor prenda do que nós mesmos? Não estou a ver...